“À medida que buscamos as origens, vamos nos tornando caranguejos. O historiador olha
para trás; até que finalmente também acredita para trás” (Nietzsche)
Porque não estamos mais conformados com as respostas históricas? Onde as explicações
que outrora davam conta das regularidades do social andam falhando? Por que o modo de produção feudal não se configura mais como uma chave para entendermos um processo de que hoje somos parte? Porque muitas sociedades não acompanharam a marcha da liberdade e da democracia inauguradas com a Revolução de 1789? Por que tomar o poder central não está mais bastando?
O aparente pode ser mais transparente com uma genealogia cinza?
A origem estaria se escondendo entre a grama das multiplicidades?
As ruínas, antes vestígios do passado, agora são construções do progresso?
A revolução proletária estaria virando reforma das novas identidades?
O saber, a tanto casado com a liberdade, foi para a cama com o poder?
O poder pode ser uma ponte entre nós?
A História não seria mais conduzida pelo futuro?
Mal-estar na História. Mal-fazer História. Mal-saber História. Mal-acabada História.